O MODERNISMO NOS TRÓPICOS
A difusão das ideias modernistas no Brasil tem em Lúcio Costa sua figura central. Obcecado pela tradição e pelas formas da arquitetura tradicional no país, ele descobre nas ideias de Le Corbusier um modo de renovar esta tradição, dando-lhe uma expressão contemporânea e, ao mesmo tempo, tropical. Seu projeto para o Ministério da Educação em Saúde, desenvolvido em parceria com Le Corbusier, resumiu esta proposição de forma exemplar. Desta síntese surge a escola carioca da arquitetura modernista no Brasil com seu enfoque extrovertido, voltado para a paisagem das montanhas do Rio de Janeiro e que configura uma contribuição original e valiosa para o ideário de uma arquitetura inovadora.
Paralelamente à isso, uma segunda escola se estabelece no país a partir da obras de Oswaldo Bratke, Rino Levi e Vilanova Artigas em São Paulo. Os fatos aí se anunciam já na Semana de Arte Moderna de 1922 e nas casas modernistas de Gregori Warchavchik, entre 1929 e 1931. Diferentemente do congênere carioca, a escola paulista se afirmaria com soluções arquitetônicas mais introvertidas, maior detalhismo técnico e desenvolvimento de arrojadas estruturas de concreto, principalmente. As palestras de Frank Lloyd Wright em São Paulo, são um fato marcante para ela. Ainda que sua influência direta tenha sido pequena, importa como uma motivação, o ponto inicial de uma mutação.
ESCOLA CARIOCA
Escola Carioca é o nome pelo
qual parte produção moderna da arquitetura brasileira é comumente identificada
pela historiografia. Trata-se originalmente da obra produzida por um grupo
radicado no Rio de Janeiro, que, com a liderança intelectual de Lucio Costa
(1902-1998) e formal de Oscar Niemeyer (1907-2012), cria um estilo nacional
de arquitetura moderna: uma espécie de estilo brasileiro, que se dissemina pelo país
entre os anos 1940 e 1950, contrapondo-se ao estilo internacional.
Tal arquitetura foi influenciada pela visita de Le Corbusier ao RJ, em 1929, sendo que o primeiro grande exemplar pode ser considerado o projeto do Ministério da Educação e Saúde, um dos primeiros edifícios a fazer o uso do recurso do brise-soleil.PROPOSTA
Vanguarda cultural: influência corbusiana.
CONCEPÇÕES
Modernização estética, tradição nacional barroca, adequação climática,
paisagem brasileira.
paisagem brasileira.
CONCEITOS CHAVE
Pilotis colossal, desenho orgânico, extroversão, linhas curvas, topografia,
telhado borboleta.
telhado borboleta.
REPERCUSSÃO
Início da arquitetura moderna no Brasil.
NOMES RELACIONADOS
Oscar Niemeyer
Lúcio Costa - Parques Monlevade (1934), Guinle (1950)
Afonso Reidy - Pedregulho (1947), MAM (1953)
Jorge Machado Moreira - Hospital de Clínicas (1952), Fundão UFRJ (1957)
Irmãos Roberto
Sérgio Bernardes
Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Jorge Moreira, Carlos Leão, Hernani Vasconcelos e Affonso Reidy - Ministério da Educação e Saúde
(Atenção! Não incluir Brasília.)
OBRAS DE REFERÊNCIA
Sérgio Bernardes
Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Jorge Moreira, Carlos Leão, Hernani Vasconcelos e Affonso Reidy - Ministério da Educação e Saúde
(Atenção! Não incluir Brasília.)
OBRAS DE REFERÊNCIA
Ministério da Educação e Saúde (Lúcio Costa,
Niemayer, Moreira, Leão, Vasconcelos e Reidy |
LEITURA OBRIGATÓRIA
Lúcio Costa. Sobre arquitetura (1962)
Z. Deckker. Brazil Built (2012)
Y. Bruand. Arquitetura Contemporânea no Brasil (1970s)
H. Mindlín. Modern Architecture in Brazil (1956)
ESCOLA PAULISTA
Assim como a Escola Carioca, a Escola Paulista é o termo
pelo qual uma parcela importante da produção moderna da arquitetura brasileira
é comumente reconhecida pela historiografia, mas não identifica toda a produção
arquitetônica do estado de São Paulo. Trata-se originalmente da arquitetura
produzida por um grupo radicado em
São Paulo , que, com a liderança de Vilanova Artigas
(1915-1985), realiza uma arquitetura marcada pela ênfase na técnica
construtiva, pela adoção do concreto armado aparente e valorização da estrutura.
Preocupa-se com a afirmação de uma linguagem ao mesmo tempo moderna e nacional, utilizando as características regionais do próprio estado de São Paulo, composta pela junção da gramática racionalista a elementos ditos “tradicionais”.
PROPOSTA
PROPOSTA
Adequação e modernização: Influência italiana (Piacentini, Art Déco) e
americana (via Bauhaus: Mies v. der Rohe, Marcel Breuer) e F. L. Wright.
americana (via Bauhaus: Mies v. der Rohe, Marcel Breuer) e F. L. Wright.
CONCEPÇÕES
Pragmatismo, tecnicismo (detalhamento minucioso)
CONCEITOS CHAVE
Pátio interno, cobertura, superdimensionamento, estilo internacional, telhado
borboleta.
borboleta.
REPERCUSSÃO
Segunda escola da arquitetura moderna brasileira.
NOMES RELACIONADOS
Vilanova Artigas - Rodoviária de Londrina, Res. do Arquiteto (1ª e 2ª), casas organicistas (primeiras obras)
Gregori Warchavchik
Oswaldo Bratke - Res. Arquiteto, Res. Oscar Americano
Rino Levi - Res. Arquiteto, Res. Olivo Gomes, Sedes Sapientiae
(Atenção! Restringir às obras dos anos 40 e 50. Não incluir USP.)
OBRAS DE REFERÊNCIA
Gregori Warchavchik
Oswaldo Bratke - Res. Arquiteto, Res. Oscar Americano
Rino Levi - Res. Arquiteto, Res. Olivo Gomes, Sedes Sapientiae
(Atenção! Restringir às obras dos anos 40 e 50. Não incluir USP.)
OBRAS DE REFERÊNCIA
Resiência do Arquiteto, Oswaldo Bratke |
SÍTIOS ELETRÔNICOS