sábado, 30 de novembro de 2013

AULA 13 - POR UMA ARQUITETURA POP: POP, POPULISMO E KITSCH

POP

A Pop Art nasceu como um movimento artístico na década de 1950 na Inglaterra que ganhou maturidade na década de 1960 em Nova York. O nome desta escola estético-artística coube ao crítico britânico Lawrence Alloway (1926-90) sendo uma das primeiras, e mais famosas imagens relacionadas ao estilo a colagem de Richard Hamilton (1922- 2011): "O que exatamente torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?", de 1956.
A Pop Art admitia a crise artística que abatia o século XX e buscava a estética das massas, que viria a ser o que hoje entendemos como cultura pop. Diferentemente da arte kitsch que procurava elementos, símbolos e formas no passado cultural da humanidade, o pop se alimentou da profusão de símbolos atuais da sociedade de consumo, como uma maneira de lidar com o desejo das pessoas. Quando reinterpretada no ambiente arquitetônico, ensejou a inserção de elementos modernistas, tradicionais e vernaculares num mesmo edifício. Há uma rejeição à simplicidade do Modernismo e uma clara valorização dos símbolos que faziam parte do cotidiano da cidade e deveriam ser levados em consideração em um projeto.

POPULISMO

O populismo consistia num conjunto de práticas políticas que consiste no estabelecimento de uma relação direta entre as massas e o líder carismático, sem a intermediação de partidos políticos. Assim, o "povo", como categoria abstrata, é colocado no centro da ação política, independentemente dos canais próprios da democracia representativa. Parte do cotidiano da cidade, portanto, deveriam ser levados em consideração em um projeto.
O termo é utilizado por Kenneth Frampton para designar a arquitetura dita “pós-moderna”, de Robert Venturi, Robert Stern, Charles Moore, Michael Graves, Stanley Tigerman, etc. A denominada arquitetura populista se esforçava para para agradar ao gosto de um público, incorporando temas que ressoam com a sua experiência. Foi utilizada como um instrumento da economia global e, principalmente, de ação política do tipo "Versalhes para o povo". Em síntese, uma máquina de novidades duvidosas, que não servem a nenhum outro propósito, senão inundar o mundo com mais de tudo para aqueles que não precisam de nada.

KITSCH

O termo “kitsch” vem do alemão e deriva do verbo kitschen, que significa reformar móveis para fazê-los parecer antigos e é usado para designar objetos com valor estético exagerado ou distorcido. Diferente do ecletismo, que mescla de forma mais cuidadosa e dosada elementos de diversos estilos, o kitsch mistura aleatoriamente estilos que muitas vezes se encontram deturpados e em escala errada. O kitsch nasce com a civilização do consumo em massa e a produção industrial e pode ser considerado uma das formas de conexão entre arquitetura erudita (oficial) e a vernácula, uma vez que representa uma manifestação popular que “se inspira” ou é contaminada pela arte.
Na arquitetura o fenômeno é marcado por simplificações e generalizações culturais. Milênios de civilização e culturas diversas, desse modo, podem ser resumidas em um "estilo oriental". Homogeniza-se toda a Europa em um "estilo europeu" e o mesmo é feito com a África e o Oriente Médio. O kitsch é um modo de criação que serve à sociedade de consumo, mas que pode ir bem além disso numa  ampla escala de sofisticação. Entretanto, seu nicho de atuação se encontra nas simplificações e versatilidades das redes de fast food, cassinos, cemitérios, motéis, fachadas de igrejas evangélicas, boates e casas noturnas, onde o marketing exija a criação de uma identidade corporativa.

PROPOSTA
Mass media, des-elitização

CONCEPÇÕES
Estrutura comunicativa, estruturalismo contextualismo, cultura pop, galpão decorado, cenografias.

EXPRESSÕES CHAVE
Teoria da comunicação, mass media, semiótica e semiologia, kitsch, pop e populismo, mercadologia, ecletismo, contexto, mensagem arquitetônica, totêmica, galpão decorado.

EVENTOS
Bienal de Veneza, Strada Novíssima


NOMES RELACIONADOS

EUA
Robert Venturi: Casa Venturi; Charles Moore: Sea Ranch (1965); Michael Graves: Ed. Portland (1980) e Humana Building (1982); Robert Stern; Philip Johnson: AT&T Building (1984)

 ALEMANHA
James Stirling: Staatsgalerie (1984); Hans Hollein

JAPÃO
Arata Isozaki: Museu de Gunma (1974); Kisho Kurokawa

OUTROS
Ricardo Bofill (Espanha): Marne-la-Vallée (1982);  Clorindo Testa (Argentina); Éolo Maia (Brasil)


LEITURA OBRIGATÓRIA
Robert Venturi. Complexity and Contradiction in Architecture (1966)
Robert Venturi. Learning from Las Vegas (1972)
Charles Jencks. The Language of Post Modern Architecture (1977)
Colin Rowe. Collage City (1978)

     
     

OBRAS DE REFERÊNCIA


Casa Vanna Venturi


Guild House
Big Duck

AT&T Building

Portland Building

Museu de Gunma
Sea Ranch Charles Moore Amazing Ideas 2 On Uncategorized Design Ideas
Sea Ranch

Staatsgalerie

The Swan Hotel

Piazza D´Itália

Cortesia Bruno Santa Cecilia
Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães

Bibliografia
VENTURI, Robert. Complexidade e Contradição na Arquitetura (1966).
Livro - Arquitetura Kitsch, 1979 - Suburbana e Rural, Dinah Guimaraens e Lauro Cavalcanti
VENTURI, Robert. Aprendendo com Las Vegas: o simbolismo – esquecido – da forma arquitetônica (1977). Cosac & Naify, São Paulo, 2003.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

AULA 14 - POR UMA ARQUITETURA MONUMENTAL

ARQUITETURA MONUMENTAL

Na década de 1950 inicia-se uma forte crítica ao movimento modernista, contestando certos "dogmas" da arquitetura das vanguardas do início do século. São novas correntes e tendências que, além de refutar certos chavões, agregam novas ideias ao etos arquitetônico. Parte disso diz respeito a uma cultura de significados de cunho histórico ou historicista particularmente no que diz respeito a uma reconciliação com a tradição clássica na arquitetura. Só que não se trata de mais um "revival", mas de um redesenho da condição arquitetônica dos edifícios como monumento na história da arquitetura e da cidade. Em suma, considera-se a cidade como um elemento já dado, algo de que o projeto deve partir e considerar, e não como uma "tabula rasa" a ser continuamente destruída e reconstruída. 
Neste aspecto as cidades existentes não devem refutadas ou menosprezadas porque elas engendram suas próprias formas e tipos arquitetônicos, frutos de uma evolução contínua, específica e, por isso mesmo, profundamente ligada ao lugar. Por isso toda a intervenção arquitetônica estaria condicionada a um refazer marcada por diferenças estilísticas. Entretanto, apesar de toda crítica há ainda sinais de que a modernidade não parou, nem definhou, mas continuou sua trilha evolutiva. Um bom exemplo disto é a mega-estrutura, típica do brutalismo, cuja presença ainda se faz notar, porém de maneira mais contida e bem menos exuberante. Curioso é observar que justamente por meio dela que o princípio da simetria geral em arquitetura tenta ensaiar um grande retorno.
Em meio a esse período de mudanças dois nomes se destacaram: Aldo Rossi na Itália e Louis Kahn nos EUA. Aldo Rossi é um representante do chamado neorracionalismo, movimento que procura resgatar a importância das intervenções arquitetônicas nos cascos históricos das cidades europeias, procurando renová-lo mediante suas virtudes. Os pontos fundamentais consistiam na preexistência do ambiente, a história da arquitetura e da cidade ou contexto (genius loci), o peso da tradição e uma certa predisposição ao ajuste de algumas ideias modernistas. Louis Kahn, por sua vez, desenvolve uma arquitetura marcada pela composição de formas geométricas elementares com destaque ao repertório de aberturas e ao uso da luz, tanto direta como zenital. Para isso ele se utilizava de técnicas construtivas tradicionais (arcaismo) somadas à tecnologia de sua época: concreto armado, painéis em alvenaria atirantados com concreto protendido e sensores fotoelétricos (high tech). Na conclusão da sua dissertação Monumentality (Monumentalidade), de 1944, ele exprime os seus ideais:

“A monumentalidade em arquitetura pode-se definir como uma qualidade, uma qualidade espiritual inerente a uma determinada estrutura, capaz de transmitir a sensação de sua eternidade, (…) As estruturas monumentais do passado possuem essas características comuns de grandiosidade, nas quais os edifícios do nosso futuro, de uma maneira ou de outra, devem basear-se”. 

PROPOSTA
Cultura do lugar, regionalidade, especificidade, sensorialismo, monumentalidade.

CONCEPÇÕES
Autonomia da arquitetura, geografia urbana, contexto, monumento, poéticas do fragmento e da ausência, simbolismo, morfologia urbana, arquétipos, metafísica.

EXPRESSÕES CHAVE
genius loci, permanência, estrutura urbana, fragmentos, (neo)classicismo, (neo)racionalismo, inserção urbana, monumentalidade, subjetivismo.

EVENTOS
Berlin Tiergarten, concurso (1983-85)

NOMES RELACIONADOS

EUROPA
Aldo Rossi (Itália), Cemitério de Modena (1971); J.P. Kleihues (Alemanha); M. Botta (Suíça); Atelier 5 (Suíça); H. Ciriani (França)

EUA
Louis Kahn

ÁSIA
Hiroshi Hara (Japão); Toyo Ito (Japão)Charles Correa (Índia)

BRASIL
Éolo Maia (Brasil); Humberto Serpa (Brasil); Bruno Padovano (Brasil), Sesc Nova Iguaçú (1985); Tadao Ando (Japão), Capela sobre a Água (1988)

LEITURA OBRIGATÓRIA
Aldo Rossi. L'architettura della cittá (1966)
Mathias Ungers. City Metaphors (1982)

      

OBRAS DE REFERÊNCIA
Cemitério de São Certaldo

Teatro Do Mundo

Assembléia Nacional de Bangladesh, 1974
Galeria de Arte de Yale, 1953
Laboratório de Pesquisas Médicas Richards, 1965
Instituto Salk, 1965
Biblioteca Phillips Exeter, 1972


Bibliografia
http://www.archdaily.com.br/br/01-177977/feliz-aniversario-louis-kahn
http://www.snpcultura.org/louis_kahn.html
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.069/382
http://pt.slideshare.net/michelepo/arquitectura-contempornea-para-alm-do-funcionalismo
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.007/949
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/03.034/3174
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Arquitetura_da_Cidade

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

AULA 15 - O PARADOXO LINGUÍSTICO E O RETORNO À TEORIA

RUPTURAS E CONTINUIDADES - O BRUTALISMO TARDIO

Com a crise do petróleo nos anos 70, o leque de alternativas até então presentes aos arquitetos teve de ser revisto. Os edifícios energívoros tiveram de dar lugar a uma arquitetura com respostas mais plurais e mais específicas e mais responsáveis com relação ao meio-ambiente e também a pensar mais no usuário. Todavia, apesar de tudo, há os que insistem na direção contrária e procuram toda sorte de artifícios para manter uma produção completamente alheia a tudo isso. Estes, em boa parte, buscam justificavas na linguístíca moderna, cujos conceitos transplantam para a arquitetura quase sem escalas, para a criação de uma arquitetura, a seu ver, questionadora do status quo e, ainda assim, fundamentalmente moderna ou mais do que moderna. Ao contrário da primeira geração de modernistas, que queria mudar a sociedade desde o território, estes se contentam em apresentar proposições fragmentárias e paradoxais.

A linguística transformacional ou generativa (Chomsky) ou o conceito de descontrução (Derrida) são as ondas em que surfam estas tendências que, de certa maneira, renegam a semiologia obediente da geração precedente. Junte-se a isso uma manifestação artística deliberadamente anti-humanista que, não raro incide numa arquitetura-escultura e, em quase tudo contrária ao modernismo clássico, assim como a ideia de transmitir um conceito particular, criar uma imagem atemporal com uma representação que entra em conflito com as ideias modernistas que tem como prioridade o usuário. 

Em contraste com a modernidade, a autonomia dessas novas formas de pensamento e expressão se torna muito clara com o desenho se tornando uma afirmação desse autonomismo, com a ausência do homem se tornando uma proposta e, talvez por isso mesmo, carregando uma força simbolicamente exagerada. A dificuldade de realização desse tipo de arquitetura as vezes leva a um entendimento do projeto como um “produto de arte”, com mais possibilidades e articulações cada vez mais complexas. A projetação ganha mais importância do que o próprio edifício, de forma que a ousadia formal pareça uma decorrência dos novos recursos de representação e desenho. 

Chamar isto tudo de descontrução soa um tanto quanto pedante, para não dizer equivocado. A desconstrução é um termo que surgiu a partir do estruturalismo francês para designar um certo tipo de compreensão da narrativas textuais (literatura, política, filosofia) e nada tinha a ver com arquitetura. Ninguém menos que o maios divulgador do termo, Jacques Derrida, ja afirmava que a arquitetura "era o último lugar onde ele imaginava ocorrer a desconstrução" por ser ela mesma a própria construção (pelo menos boa parte). Por um lado, talvez tudo isto não seja mais do que uma decorrência do mundo ou das sociedades super-urbanizadas, onde a cidade existente (massa edificada) já seja, ela mesma, uma segunda natureza. Um luxo intelectual inalcansável para o resto do mundo que ainda não conseguiu sequer o acesso ao saneamento básico. Por outro lado, há também que se considerar que talvez estejamos a presenciar o último capítulo do brutalismo na arquitetura.


PROPOSTA
Lingüística transformacional, autonomismo radical, liberdade de proposta

CONCEPÇÕES
Anti-humanismo, gênese linguística, neovanguardas (releituras do contrutivismo, suprematismo, cubismo)

EXPRESSÕES CHAVE
Generatividade, operações geométricas, congestionamento, notação

EVENTOS
New York Five (Exposição no MoMA)

NOMES RELACIONADOS

EUROPA
Bernard Tschumi (França), Parc de la Villete (1989); Rem Koolhaas (Holanda); Zaha Hadid (Inglaterra); Coop Himmelblau (Áustria); Daniel Libeskind (Polônia), Museu do Holocausto (1999)

EUA
Peter Eisenman, Casas I-X; Richard Meier, Museu High de Atlanta (1984); Frank Gehry.

AMÉRICA DO SUL
Clorindo Testa (Argentina)

LEITURA OBRIGATÓRIA
Rem Koolhaas. Delirious New York (1978)
Rem Koolhaas. S, M, L, XL (1955)
Bernard Tschumi . Event Cities (1994)
Rem Koolhaas. Architecture and Disjunction (1996)

      

          

OBRAS DE REFERÊNCIA
Parc de la Villette
Biblioteca Central de Seattle
Galaxy Soho

Academia de Belas Artes de Munique

Museu Judaico de Berlim

Museu da História Militar

Meier House

High Museum of Art

Stadthaus Ulm

Jubilee Church

Museu Frieder Burda

San Jose City Hall

ON Prospect Park

International Coffee Plaza

Walt Disney Concert Hall

Guggenheim Bilbao

Centro Stata

Casa Dançante

Vitra Design Museum

Casa La Tumbona

Casa VI
Bibliografia
http://www.infopedia.pt/$richard-meier;jsessionid=zkxypzJ3FVkg0fWu1sijnw__
http://www.richardmeier.com/www/
http://www.infopedia.pt/$frank-gehry
http://www.trianglemodernisthouses.com/meier.htm
http://www.dwell.com/house-tours/slideshow/architects-homes-their-parents#8
http://www.smartplanet.com/blog/global-observer/the-legacy-of-argentine-architect-clorindo-testa-1923-2013/11317
http://es.wikiarquitectura.com/index.php/Casa_La_Tumbona
http://en.wikiarquitectura.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Vitra_Design_Museum
http://en.wikipedia.org/wiki/Stata_Center
http://www.infopedia.pt/$rem-koolhaas;jsessionid=m6K9ERJJjMsVPAzuUCxvqA_
http://revistaveneza.wordpress.com/2011/08/28/rem-koolhaas-um-profeta-de-ruinas/
http://unit03-metamorphosis.blogspot.com.br/2012/11/the-manhattan-transcripts.html
http://www.tschumi.com/projects/18/#
http://www.infopedia.pt/$bernard-tschumi
http://www.archdaily.com/92321/
http://arquitetemos.blogspot.com.br/2012/03/parc-de-la-villette-bernard-tschumi.html
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/06.023/3314?page=1
http://www.cca.qc.ca/en/collection/535-peter-eisenman-archive
http://architizer.com/blog/peter-versus-peter/
http://prelectur.stanford.edu/lecturers/eisenman/
http://www.fag.edu.br/graduacao/arquitetura/anais2006/2005/trabalho_peter.pdf
http://www.archdaily.com/429925/eisenman-s-evolution-architecture-syntax-and-new-subjectivity/
http://en.wikipedia.org/wiki/Peter_Eisenman
http://architecturalliteratured8.blogspot.com.br/2012/09/deconstructivism.html
EISENMAN, Peter D. The Formal Basis of Modern Architecture (1963). Published in 2006 by Lars Muller Publishers.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

AULA 12 - O BRUTALISMO NA ARQUITETURA: MODULOR, BÉTON ARMÉ, MEGA-ESTRUTURAS - A ARQUITETURA PARA AS MASSAS

BRUTALISMO (ANOS 50 E 60)


O Brutalismo insere-se no contexto histórico do período Pós-Segunda Guerra até pelo menos fins da década de 1970. Privilegiava a ”verdade estrutural” das edificações, de forma a nunca esconder os seus elementos estruturais, através do uso do concreto armado aparente ou destaque dos perfis metálicos de vigas e pilares.
As arquiteturas brutalistas de cada país ou região guardam proximidades entre si e assumem em cada caso características peculiares, seja trabalhando outras influências, seja enfatizando diferentes aspectos tecnológicos e construtivos, e distintos debates éticos e conceituais, conforme seus marcos culturais.
Um de seus grandes nomes foi Le Corbusier, que desenvolveu o Modulor, um sistema de proporções baseado na medida da altura de um francês médio e que servia para dimensionar suas obras.
Já a difusão do conceito se deve ao trabalho do Prof. Reyner Banham, designer que procurava relacionar este tipo de tipo de atitude projetual à emergência da cultura de massas e aos novos veículos de propagação desta cultura como o rádio, a televisão, o cinema, os shows, a propaganda e as histórias em quadrinhos.



TÍTULO
Habitat e tecnologia.

PROPOSTA
Cultura pop, sociedade de consumo, modelos urbanos, protótipos habitacionais.

CONCEPÇÕES
Estandardização, urbanização massiva, mega-estruturas, autópolis (motopia), mobilidade (transportes), sociedade de consumo, anti-estetismo.

EXPRESSÕES CHAVE
Mega-estruturas, sistemas, perecibilidade, modularidade, habitat, nomadismo, high tech, tectonicidade, béton brut, tecnolatria, tecno-burocracias, célula habitacional

EVENTOS
CIAMs


NOMES RELACIONADOS - EUROPA

SUÍÇA
Le Corbusier - Capela de Ronchamp (1950-55), Convento de La Tourette (1957-60), Chandigardh (1952-59), Unidade de Habitação de Marselha

INGLATERRA
James Stirling - Escola de Engenharia de Leicester (1960-63), Faculdade de História de Cambridge (1964-67)
Norman Foster
Allison e Peter Smithson

ITÁLIA
Renzo Piano - Centro Pompidou (1977)
Richard Rogers - Lloyd's Bank (1979-89)
Norman Foster - Shanghai Bank (1979-86), Terminal de Stansted (1980-91)

NOMES RELACIONADOS - AMÉRICAS

EUA
Paul Rudolph
Phillip Johnson - Lever House (1951)

BRASIL
Vilanova Artigas - FAUSP (1961), clubes, escolas, conjuntos habitacionais, residências
Paulo Mendes da Rocha - edifícios residenciais, residências, ag. bancárias
Ruy Ohtake - ed. Residenciais, residências
Joaquim Guedes - escolas
Lina Bo Bardi - MASP (1968), SESC Pompéia (1977-82)

ARGENTINA
Clorindo Testa - Biblioteca Nacional de Buenos Aires (1992), Banco de Londres (1959)

NOMES RELACIONADOS - ÁSIA

ÍNDIA
Charles Correa - Edifício residencial em Calcutá

JAPÃO
Kisho Kurokawa - Hotel-cápsula (1970-72)
Kenzo Tange - Ginásio Olímpico (1964), prédios públicos


OBRAS DE REFERÊNCIA


Unidade de Habitação de Marselha, Le Corbusier

MASP, SP, Brasil (1968), Lina Bo Bardi 



Ginásio Olímpico, Japão (1964), Kenzo Tange

LEITURA OBRIGATÓRIA
Le Corbusier. O Modulor (1950)
Reyner Banham. The Architecture of Well-Tempered Environment (1969)
Reyner Banham. The New Brutalism (1966)


  


SÍTIOS ELETRÔNICOS
www.fondationlecorbusier.fr
www.miesbcn.com
www.arquiteturabrutalista.com.br
http://www.designhistorysociety.org/events/reyner_banham_lecture/
http://www.docomomo.org.br/seminario%208%20pdfs/052.pdf 
http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2011/01/08/alison-e-peter-smithson/ 
FUÃO, Fernando Freitas. Brutalismo. A última trincheira do movimento moderno. Arquitextos, São Paulo, ano 01, n. 007.09, Vitruvius, dez. 2000 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.007/949
http://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/08/19/megaestruturas-o-futuro-do-passado/
http://www.youblisher.com/p/135045-Metaforas-aplicadas-quadro-incompleto-da-arquitetura-cotemporanea/


BRUTALISMO NO CINEMA
Hiroshima mon amour (Kenzo Tange - 1959)
O Homem do Lado (Le Corbusier - 2010)
Laranja Mecânica (Stirling - 1971)