EXPRESSIONISMO
Surgiu nas primeiras décadas do século XIX, tendo como principais características a visão emocional e subjetiva, a distorção das superfícies, as linhas contínuas e alongadas, as cores fortes e (eventualmente) o emprego de motivos zoomórficos. Aí se apresentava um caráter fortemente experimental, não raro apelando à monumentalidade e ao impulso subjetivo (excentricidade). Em sua produção também se pode perceber o uso de materiais materiais "in natura" como o tijolo, o aço e o vidro.
Trata-se de uma produção restrita basicamente à Alemanha da República de Weimar, que não deixa de instilar uma reação à industrialização e urbanização intensivas ocorridas nas décadas precedentes. Reação que se fazia como uma válvula de escape ou "compensação" psíquica, atenuando o convívio com as duras arestas desta sociedade, nem para isso se houvesse que recorrer à proposições de natureza mística.
Os principais grupos desenvolvidos durante o período, em ordem cronológica: Deutscher Werkbund, 1907 (federação alemã do trabalho); Arbeitsrat für Kunst, 1918 (conselho de trabalhadores da arte); Der Ring, 1923; Neus Bauen (novo edifício); Escola de Amsterdam, 1915-1930.
ROTEIRO BÁSICO
PROPOSTA
Tendência cultura alemã nas artes: cinema, pintura e arquitetura.
CONCEPÇÕES
Psicologismo, terapêutica, emocionalidade, ruptura e antroposofia.
CONCEITOS CHAVE
Dinâmica da linha: verticalidade x horizontalidade, alongamento da linha, deformação de superfícies, plasticidade.
EXPRESSÕES CHAVE
Emoção, sensitividade e linhas.
REPERCUSSÃO
Novos programas: fábricas, magazines, teatros, edifícios comerciais, outros ...
NOMES RELACIONADOS
Erich Mendelsohn - Torre Einstein (1921), Magazines Schoken (1920)
Hans Poezig - Grosse Schauspielhaus (1919)
EXPRESSIONISMO
Surgiu nas primeiras décadas do século XIX, tendo como principais características a visão emocional e subjetiva, a distorção das superfícies, as linhas contínuas e alongadas, as cores fortes e (eventualmente) o emprego de motivos zoomórficos. Aí se apresentava um caráter fortemente experimental, não raro apelando à monumentalidade e ao impulso subjetivo (excentricidade). Em sua produção também se pode perceber o uso de materiais materiais "in natura" como o tijolo, o aço e o vidro.
Trata-se de uma produção restrita basicamente à Alemanha da República de Weimar, que não deixa de instilar uma reação à industrialização e urbanização intensivas ocorridas nas décadas precedentes. Reação que se fazia como uma válvula de escape ou "compensação" psíquica, atenuando o convívio com as duras arestas desta sociedade, nem para isso se houvesse que recorrer à proposições de natureza mística.
Os principais grupos desenvolvidos durante o período, em ordem cronológica: Deutscher Werkbund, 1907 (federação alemã do trabalho); Arbeitsrat für Kunst, 1918 (conselho de trabalhadores da arte); Der Ring, 1923; Neus Bauen (novo edifício); Escola de Amsterdam, 1915-1930.
PROPOSTA
Tendência cultura alemã nas artes: cinema, pintura e arquitetura.
CONCEPÇÕES
Psicologismo, terapêutica, emocionalidade, ruptura e antroposofia.
CONCEITOS CHAVE
Dinâmica da linha: verticalidade x horizontalidade, alongamento da linha, deformação de superfícies, plasticidade.
EXPRESSÕES CHAVE
Emoção, sensitividade e linhas.
REPERCUSSÃO
Novos programas: fábricas, magazines, teatros, edifícios comerciais, outros ...
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Hans Poezig - Grosse Schauspielhaus (1919)
Foi um movimento de vanguarda artística e cultural surgido na Itália no início do século XX e que, fortemente ligado ao ideário do fascismo italiano, propunha o rompimento completo com o passado para criar uma nova sociedade baseada no movimento, no dinamismo e na guerra. Em suas obras podemos perceber que procuravam representar o dinamismo universal e o movimento que, através da afirmação da grande indústria e suas inovações, solucionariam problemas sociais e econômicos da época. O cinema, uma "arte nova" era o modelo para uma arte pictórica onde o movimento se decompunha numa superposição de imagens, ao modo da película cinematográfica.
Por sua vez, a arquitetura era sempre vista em escala de grandes obras que pressupunham o movimento e a energia, como as obras de engenharia: hidrelétricas, estações de transportes e fábricas. Para os futuristas o passado era um empecilho e deveria ser destruído e os edifícios novos não deveriam ser feitos para durar. Para eles, portanto, só o novo ou a inovação tem valor, e não por muito tempo.
ROTEIRO BÁSICO
PROPOSTA
Vanguarda artístico cultural italiana: proposições estéticas e culturais do fascismo; negação da arte e da perenidade.
CONCEPÇÕES
Culto à máquina, à destruição, à guerra, ao novo, combate às academias e à arte passadista.
CONCEITOS CHAVE
Movimento, dinamicidade, estética industrial.
EXPRESSÕES CHAVE
Movimento, destruição, dinamicidade.
REPERCUSSÃO
Cenários HQ, ficção científica, cinema.
NOMES RELACIONADOS

Dinamismo de um Ciclista, 1913 - Boccioni
Formas únicas de continuidade no espaço, 1913 - Boccioni
Marineti. Manifesto futurista (1909); La cucina futurista (1909)
Boccioni. Pintura e escultura futurista - dinamismo plástico (1914)
Foi um movimento de vanguarda artística e cultural surgido na Itália no início do século XX e que, fortemente ligado ao ideário do fascismo italiano, propunha o rompimento completo com o passado para criar uma nova sociedade baseada no movimento, no dinamismo e na guerra. Em suas obras podemos perceber que procuravam representar o dinamismo universal e o movimento que, através da afirmação da grande indústria e suas inovações, solucionariam problemas sociais e econômicos da época. O cinema, uma "arte nova" era o modelo para uma arte pictórica onde o movimento se decompunha numa superposição de imagens, ao modo da película cinematográfica.
Por sua vez, a arquitetura era sempre vista em escala de grandes obras que pressupunham o movimento e a energia, como as obras de engenharia: hidrelétricas, estações de transportes e fábricas. Para os futuristas o passado era um empecilho e deveria ser destruído e os edifícios novos não deveriam ser feitos para durar. Para eles, portanto, só o novo ou a inovação tem valor, e não por muito tempo.
ROTEIRO BÁSICO
ROTEIRO BÁSICO
PROPOSTA
Vanguarda artístico cultural italiana: proposições estéticas e culturais do fascismo; negação da arte e da perenidade.
CONCEPÇÕES
Culto à máquina, à destruição, à guerra, ao novo, combate às academias e à arte passadista.
CONCEITOS CHAVE
Movimento, dinamicidade, estética industrial.
EXPRESSÕES CHAVE
Movimento, destruição, dinamicidade.
REPERCUSSÃO
Cenários HQ, ficção científica, cinema.
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Dinamismo de um Ciclista, 1913 - Boccioni |
Formas únicas de continuidade no espaço, 1913 - Boccioni
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Marineti. Manifesto futurista (1909); La cucina futurista (1909)
Boccioni. Pintura e escultura futurista - dinamismo plástico (1914)
Foi um movimento de vanguarda estético-político iniciado por Alexander Rodchenko na Rússia, 1919, na esteira da revolução bolchevique. Face à tarefa de propor a arquitetura de um nova sociedade, os construtivistas se viram na contingência de criar uma arquitetura e uma arte a partir do zero, ou seja, sem a pré-existência dos gêneros, uma herança burguesa. Nesse contexto, desenho, pintura, escultura e arquitetura seriam etapas de um mesmo processo. Toda a arte, e especialmente a arquitetura, estaria liberta da escravidão à funcionalidade, outro valor burguês.
Das estruturas de engenharia provinha a ideia da construção como princípio integrador, ao qual se superpunham, na composição, formas geométricas, peças de máquinas, cores primárias, fotomontagem e tipografia sem serifagem, tudo integrado numa peça de propaganda. Suas proposições sugeriam um desequilíbrio dinâmico, obtido por meio de objetos em posições instáveis, assimétricas ou simplesmente "pairando" no ar.
Em nenhuma outra circunstância da história contemporânea se ousou tanto. Por outro lado, pouco se construiu. E do que foi construído, pode-se perceber, muito parecia ou se prometia melhor na proposta. Ao final, o movimento foi proibido por Stalin em 1934, que via nele um movimento de elite, cujas obras não agradavam ao povo. Com isso, seus principais representantes se dispersaram.
ROTEIRO BÁSICO
PROPOSTA
Vanguarda artístico-cultural russa: proposições estéticas e culturais da sociedade socialista; eliminação das divisões artísticas (gêneros).
CONCEPÇÕES
Cultura materialista, objetivista e anti-burguesa, estética da construção e da engenharia (estruturas).
CONCEITOS CHAVE
Suprematismo, grafismos, estruturas, conceitos construtivos, processos, PROUNS (El Lissitsky) VKHTEMAS.
EXPRESSÕES CHAVE
Construção, estrutura, grafismo.
REPERCUSSÃO
Diáspora: proscrição do movimento por Stalin.
NOMES RELACIONADOS
Vladimir Tatlin - Monumento 3ª Internacional (1917)
Konstantin Melnikov - Pavilhão da URSS (1925)
Malevic - Composições
Foi um movimento de vanguarda estético-político iniciado por Alexander Rodchenko na Rússia, 1919, na esteira da revolução bolchevique. Face à tarefa de propor a arquitetura de um nova sociedade, os construtivistas se viram na contingência de criar uma arquitetura e uma arte a partir do zero, ou seja, sem a pré-existência dos gêneros, uma herança burguesa. Nesse contexto, desenho, pintura, escultura e arquitetura seriam etapas de um mesmo processo. Toda a arte, e especialmente a arquitetura, estaria liberta da escravidão à funcionalidade, outro valor burguês.
Das estruturas de engenharia provinha a ideia da construção como princípio integrador, ao qual se superpunham, na composição, formas geométricas, peças de máquinas, cores primárias, fotomontagem e tipografia sem serifagem, tudo integrado numa peça de propaganda. Suas proposições sugeriam um desequilíbrio dinâmico, obtido por meio de objetos em posições instáveis, assimétricas ou simplesmente "pairando" no ar.
Em nenhuma outra circunstância da história contemporânea se ousou tanto. Por outro lado, pouco se construiu. E do que foi construído, pode-se perceber, muito parecia ou se prometia melhor na proposta. Ao final, o movimento foi proibido por Stalin em 1934, que via nele um movimento de elite, cujas obras não agradavam ao povo. Com isso, seus principais representantes se dispersaram.
ROTEIRO BÁSICO
ROTEIRO BÁSICO
PROPOSTA
Vanguarda artístico-cultural russa: proposições estéticas e culturais da sociedade socialista; eliminação das divisões artísticas (gêneros).
CONCEPÇÕES
Cultura materialista, objetivista e anti-burguesa, estética da construção e da engenharia (estruturas).
CONCEITOS CHAVE
Suprematismo, grafismos, estruturas, conceitos construtivos, processos, PROUNS (El Lissitsky) VKHTEMAS.
EXPRESSÕES CHAVE
Construção, estrutura, grafismo.
REPERCUSSÃO
Diáspora: proscrição do movimento por Stalin.
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SÍTIOS E REVISTAS RELACIONADOS
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Umberto Boccioni
Antonio Sant’Elia
Filippo Tommaso Marinetti
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17 comentários:
Todas estas propostas se originaram de um conteúdo específico de realidades nacionais e históricas bem específicas. Teria este sido o principal fator para uma minimização dos aspectos relativos à funcionalidade?
COMENTÁRIO SEM. 1 - Grupo 2: Bruna, Carine, Gabriella, Janaine, Paula, Renata. - turma B - 2014/1
CONSTRUTIVISMO - Diáspora: proscrição do movimento por Stalin
Após a revolução russa, o clima de experiência e invenção se quebra. Surge o NEP em 1921, a Nova Política Econômica de Lênin, a utilidade do construtivismo passou a ser seriamente questionada. E em seguida, com sua morte e a queda de Lunacharsky, a nova burocracia stalinista reduziu a arte a um instrumento de propaganda política e de divulgação cultural chamado Realismo Socialista. O governo de Stalin não compreende que a revolução artística vinha de encontro com os pressupostos socialistas e persegue os construtivistas acusando-os de elitistas que inventaram uma forma de arte sem propósito e que no fundo o que queriam era não deixar que a arte clássica e tradicional chegasse até o proletariado. A forma de arte permitida era e é até hoje, a mímese da natureza. A mais expressiva vanguarda russa na arte foi assim dissipada e os artistas tiveram que optar em permanecer na Rússia e continuar nos moldes artísticos dos séculos anteriores, ou mudar para o oeste. Muitos foram lecionar na Bauhaus, escola alemã orientada para o design e para tecnologia, surgida como uma necessidade imposta pela expansão industrial, influenciaram toda Europa e Estados Unidos.
Está faltando bibliografia. Além dos comentários o grupo poderia contribuir com alguns títulos.
Nos movimentos descritos acima transparece a ideia de um uso higiênico para a arquitetura. Mas só os futuristas assumem explicitamente esta proposição. Será que não podemo encontrar nada semelhante, ainda que subliminar, no expressionismo e no construtivismo?
grupo 2 - bruno hoffmeister, gabriel waquil, leandro salvador, pedro collares, priscilla mezzomo, vanessa leal
O Construtivismo Russo é um movimento a que se pode referir como higienista. É higienista na maneira de encarar tudo o que lhe precede como patológico e a si mesmo como o momento em que as artes finalmente encontram a pertinência à realidade, quando se integram à técnica, à indústria, à ciência e ao projeto comunista de sociedade.
Se observa no "Manifesto Realista" de Naum Gabo essa crítica à arte como um todo, que não enxergava o que havia de essencial e se perdia em superfluidades - o que é irônico, pois o próprio Manifesto parece tratar a essa arte nova como não mais que um tipo de 'forma nova'. Entretanto havia esse pensamento de que a arte podia ordenar a vida. Foi possível pregar com convicção esses ideais pois nesse tempo se estava vivendo uma fervorosa corrida desenvolvimentista, discussões idealistas sobre um possível modelo de sociedade, e a rivalidade resultante do período que sucedeu a primeira guerra mundial. (O construtivismo não foi creditado pela população como um todo, desde o princípio era causa de dissidências por ser visto por muitos como mera vanguarda artística e formal, pertencente a uma elite artística. Essa visão tornou-se mais predominante durante o governo stalinista.)
Os cinco pontos do Manifesto Realista de Naum Gabo, tomado como importante síntese das intenções do Construtivismo Russo:
"1. Renunciemos à cor como elemento pictórico.
Afirmemos o tom como única realidade pictórica;
2. Renunciemos ao valor descritivo da linha.
Afirmemos a linha como mera direção das forças estáticas e seu ritmo nos objetos;
3. Renunciemos ao volume como uma forma de espaço pictórico e plástico.
Afirmemos a profundidade como a única forma pictórica e plástica de espaço;
4. Renunciemos à massa como elemento escultórico.
Afirmemos a independência entre volume e massa, e tragamos de volta a linha para a escultura como uma direção e, nela, afirmemos a profundidade como uma forma de espaço;
5. Renunciemos à ilusão dos ritmos estáticos como únicos elementos das artes plástica e pictórica. Afirmemos o novo elemento: o ritmo cinético, base de nossa percepção do mundo real."
- Naum Gabo, 1920
É evidente que o manifesto ocupa-se fortemente de 'higienizar' à sua maneira a arte e a estética, e que poderia facilmente ser visto como uma vanguarda puramente artística (e portanto elitista) e incapaz de engajar-se no cenário político ao que evoluiu a União Soviética.
Postado por Pedro Collares dia 24 de junho de 2014
Transmitir a ideia de movimento parece ser uma premissa constante destes movimentos. O prolongamento das linhas no expressionismo, o fracionamento da imagem nas pinturas futuristas e as formas ''instáveis" do construtivismo enfatizam esta busca expressiva por formas impactantes. Mas nas propostas arquitetônicas do futurismo o que transparece são formas estáticas oriundas da engenharia que subentendem a ideia de movimento, mas não o representam. Pensando nas propostas de Sant'Elia será que isto é apenas um problema de expressão gráfica?
SEMINÁRIO 1 - GRUPO 2: ANDRESSA, CAROLINE, CRISTIANO, FELIPE, GREICE, HUMBERTO E SIMONE - A ideia de movimento está constantemente presente no futurismo, movimento esse que representa a rapidez da vida moderna e que transparece na dinâmica das cidades. No desenho de Sant'Elia, contudo, o que se observa são edifícios de "traços duros", frutos da engenharia que se desenvolvia, diferentemente do que se vê no expressionismo, cuja ideia de movimento aparece no desenho do próprio edifício, com o uso de prolongamentos das linhas.
No caso de Sant'Elia, o movimento não está retratado necessariamente no desenho dos elementos edificados e sim no significado que eles têm para a cidade e na composição e interação entre eles. Seus desenhos retratam os edifícios colocados na cidade, com arranha-céus, representações de chaminés (indicando a existência de indústrias e fábricas), carros, elevadores, etc.
Outro recurso que Sant'Elia usa é a ideia de prédios escalonados que também remetem ao movimento. Além disso, alguns desenhos possuem um recurso de serem inacabados, revelando traços de construção, como se vê em "Via secondaria per pedoni con ascensori nel mezzo - 1994" por exemplo. O desenho inacabado, portanto, não seria um erro de graficação e sim um recurso que indicaria que, assim como o desenho, os edifícios estaria em constante construção e em que a dinâmica de destruir e reconstruir edifícios também representaria a ideia de movimento e dinamicidade.
Por fim, uma outra comparação que pode ser feita entre o futurismo e o expressionismo é em relação à representação da figura humana. O expressionismo utilizava a figura humana em seus desenhos pois retratava o sentimento, que é imprescindível ao ser humano. Já no futurismo, a figura humana não aparece pois o interesse maior é destacar e adora a "máquina".
Seminário 1 - Grupo 2 (Turma A): Audrey, Carolina, Florencia, Gabriela Costa e Lauren:
Como pode ser observado nas diversas artes futuristas, assim como em seus manifestos, o futurismo é um movimento que demonstra grande admiração pela máquina, pela velocidade e pelo movimento.
A arquitetura futurista tinha como objetivo projetar edificações que utilizassem a ciência e a técnica e criassem formas e linhas que atendessem os objetivos da vida moderna.
Para Sant’Elia, a arquitetura futurista deveria ser um conjunto tumultuoso e dinâmico em cada uma de suas partes, e comparava a cidade futurista a uma gigantesca máquina. Para isso, em suas propostas ele desenhava elementos como escadas e elevadores se destacando nas fachadas, tentando transmitir a ideia de movimento. Além disso, os métodos de construção e materiais deveriam permitir a maior velocidade e elasticidade possível.
Não obstante, nos desenhos d de Sant’Elia não há pessoas ou carros que transmitam a ideia do uso, da velocidade ou do dinamismo que ele almejava demonstrar com suas palavras. A arquitetura parece estática e dura, quase contradizendo-se em si mesma.
Analisando sua obra, acreditamos que isto não seja apenas um problema de expressão gráfica, senão que Sant’Elia parece ter se preocupado mais em mostrar a arquitetura como mais uma máquina da vida moderna, que no uso que ela deveria ter para, como ele mesmo afirmava, se adaptar às necessidades e à vida dinâmica da época.
Se de um lado, o futurismo e o construtivismo não demonstram receio em assimilar conscientemente uma estética maquinista o mesmo não acontece com o expressionismo. Qual seria a principal a razão disto?
Seminário 1 - Grupo 2: Augusto, Elis, Laysla, Manoela e Mykaella
As vanguardas do início do século XX têm como preceito o desenvolvimento de uma nova base cultural e social, indo contra os padrões existentes desde a Revolução Francesa ou anteriores à ela.
É preciso, no entanto, avaliar as condições de cada país - Rússia, Itália e Alemanha -, que sofreram as maiores mudanças políticas e culturais na primeira metade do século, para conseguir analisar as diferenças entre os movimentos.
Os futuristas veem a Itália como um país atrasado industrialmente, devido à tardia unificação, e caracterizado por um ambiente nostálgico em relação ao Império Romano.
Pretendem, portanto, romper com o status quo apostando na máquina, que os livra do passado e transforma a sociedade através de uma ótica industrial.
Como exemplo dessa cultura maquinista, temos os desenhos da "Città Nuova" de Sant'Elia, que predica a cidade do futuro a partir da sobreposição de camadas, funções e movimentos como uma grande máquina, sustentada nas novas tecnologias de construção e transporte.
Na Rússia, os bolcheviques tomam o poder em um Império devastado e agrário e procuram transformar a Rússia em uma potência moderna industrializada.
Nesse contexto surge o construtivismo, alinhado ao materialismo histórico e dialético (que acredita na definição da sociedade a partir do desenvolvimento tecnológico e científico) e ao socialismo (que vê na arte e na arquitetura a oportunidade de suprir as necessidades físicas e intelectuais da sociedade).
Para atender a nova sociedade russa era preciso, por conseguinte, instituir uma arte objetiva, útil e desenvolvimentista - como uma máquina. O exemplo do Monumento à Terceira Internacional, de Tatlin, reflete estes anseios: dinâmica, tecnológica e estabelecendo novas relações de tempo e espaço.
O expressionismo diverge do construtivismo e do futurismo por não coincidir a visão de arte revolucionária com a noção de progresso tecnológico. Pelo contrário, prega o retorno à natureza combinado ao antropocentrismo, às questões relacionadas ao mundo interior e ao subjetivismo - desprezando o materialismo industrial.
Após a Primeira Guerra Mundial, principalmente, o expressionismo busca representar o espírito construtivo da nova Alemanha democrática, negando as tradições antigas e crendo na capacidade de transformar a natureza e a sociedade. Assim, cresce uma consciência de uma nova atitude no ambiente, evidenciada pela Cadeia de Cristal e pelo uso do vidro, que traz novas relações para os espaços de estar, com o vidro melhorando a insolação e a higiene através da transparência.
Grupo G2 - Brunna Moura, Debora Pustai, Isadora Munari, Livia Koeche, Luis Ricardo, Laura Welp, Renata Soares e Vitor Fruhauf
Os movimentos vanguardistas do início do século XX estão quase sempre carregados de questionamentos e reflexos de uma europa que passa por grandes revoluções políticas, culturais e sociais.
O futurismo (Itália) e o Construtivismo ( Rússia) são movimentos que, de certa forma, usam a arte para expressar anseios e vontades de mudança, seja através da crítica ou de ''diretrizes'' na tentativa de uma organização, quanto entendemos essas vertentes como Movimento.
O cenário atual italiano e russo é marcado por atrasos. O reflexo disso no futurismo e no construtivismo é a criação de contrapontos, ideias de rompimento e de visão/intenção do futuro, com uma clara referência à maquina. Logo, há uma direta relação entre futuro-revolução-máquina.
Quando falamos de expressionismo, há um desprendimento dessa relação, ou seja, a revolução/evolução da arte não concorre necessariamente com a sensação de progresso social. Talvez por haver um grande anseio industrial, o expressionismo busca um retorno à natureza, uma abstração material, uma calmaria em meio à intensidade de desejos objetivos.
Por conta de sua manifesta ruptura com o passado, estas correntes vanguardistas exibem uma forte tendência à extravazão de sentimentos que também poderia ser entendida como uma nova forma de manipulação de conteúdos subjetivos. O forte apelo ao tratamento plástico dos objetos incorre numa dissolução dos gêneros artísticos, permitindo uma troca de motivos quase imediata entre a pintura, arquitetura, escultura e, porque não, a música. Sem a presença da tradição, esta arte se propunha a ser entendida por qualquer pessoa. No entanto não foi o que aconteceu. Contraposta ao ideal da arte clássica era uma arte considerada 'feia' ou mesmo degenerada como no caso das pinturas expressionistas. Será que a proposta de uma troca do 'belo' pelo 'expressivo' tal como foi proposta seria uma troca natural ou algo tremendamente forçado? Será que estes movimentos tinham consciência disso?
Grupo 2 - Aline Celestino, Diego Saraiva, Elisa Kleinubing, Karine Dalpiaz, Luciano Battistel e Rodrigo Gomes
A proposta se deu de forma conscientemente forçada. Se pegarmos como exemplo o Manifesto Futurista, de Filippo Tommaso Marinetti, vemos uma clara intenção de ruptura com o passado e uma ideia de se adequar o novo de uma maneira não vista até o momento. No entanto, a forma como são descritas as ideias no manifesto mostra a força a qual o Manifesto busca mostras suas ideias, intencionalmente quebrando os idários historicistas e criando novos evolucionistas.
Também, o exemplo da Arquitetura Alpina, de Bruno Taut, o qual o inspirou na construção do Palácio de Cristal para a primeira Werkbund. Uma utopia totalmente contrária ao que estava acontecendo na Alemanha da época. Utopia que buscava estabelecer um marco zero para a história e, a partir de sua teoria, desenrolar os novos tempos.
O Construtivismo, com seu design gráfico expressivo e experimentos arquitetônicos desafiadores, é encarado como algo chocante para a época. Não só pela estranheza, pela fuga do padrão do que era considerado “correto” nas composições feitas na época, mas também pela sensação que as obras provocavam no observador. A obra “Quadrado Negro sobre Fundo Branco”, de Malevich exemplifica a qustão, e também mostra a intenção do artista: é algo forçado, para as pessoas entenderem.
A maneira como os três movimentos se mostraram para os pessoas, delineou uma ideia de que os tempos haviam mudado (ou pelo menos deviam mudar). Assim como a história estava mudando drasticamente no momento, com toda a evolução das máquinas e suas consequências, os participantes dos movimentos também se viram na responsabilidade de dar uma resposta à altura. A quase “imposição” desses movimentos artísticos por meio das obras e dos manifestos, mostra a intenção de troca do ideal, por algo conscientemente expressivo.
Grupo 2: Ana Karina Christ, Ana Rita Branco, Bárbara Milan, Edurado Dornelles, Franciele Prietsch, Gabriela Bertoli, Josué Michels, Luiza Jung
Movimentos como o expressionismo tinham por objetivo retratar a realidade tal como ela era. Tendo em vista o contexto em que se encontrava a Alemanha no início do séc. XX - enfrentando mudanças políticas, econômicas e culturais - percebe-se que o ideal desses artistas de vanguarda foi o de retratar o que estava a sua volta, os sentimentos mais sombrios como os de solidão, angústia, medo e etc, não o belo. Ou seja, a produção artística estava extremamente vinculada às transformações sociais e pretendia ser vista como tal, daí a pretensão de que fosse uma arte entendida por qualquer pessoa. Sendo assim, pensamos que o expressionismo tenha sido mais do que uma retratação da sociedade nesse período, foi também uma maneira de chamar atenção para os valores humanos numa época onde isso não tinha muita importância.
Nas manifestações destes movimentos percebe-se o desejo e a procura pelo novo deveria ser feita juntamente como o corte do cordão umbilical com o passado. Comparando-se a situação histórica daquele tempo com a de hoje, será este "desejo" arrefeceu, diluiu ou está confundido com outras coisas que ainda não reconhecemos como modernas?
Grupo 3: Andressa Saraiva, Gabriela Soska, Lucas Kirchner, Matheus Lemos, Natália Lansini.
A arquitetura é uma consequência necessária de um princípio social, uma representação material da humanidade em suas diversas épocas de seu desenvolvimento, e isso foi claramente representado nos movimentos de vanguarda do século XIX.
Conforme escrevia Daly, a história permite a inscrição do projeto no quadro da história da arquitetura, e assim vimos a necessidade da arquitetura de representar os momentos históricos pelos quais a sociedade estava passando quando o Expressionismo, o Construtivismo e o Futurismo tomaram seus lugares na cena.
A utilização da história como referência permite dar continuidade no quadro da história da arquitetura, aproveitando os ensinamentos dos mestres e as experiências adquiridas durante os séculos. Partilhar de influências históricas para novas criações dá seguimento à linha de desenvolvimento da humanidade.
Hoje em dia vimos, na arquitetura contemporânea, a necessidade de alcançar conforto ambiental, a racionalização, otimização dos espaços, investigar novos materiais, atingir baixos custos de edificações, sem negar o passado, com foco no futuro. Portanto, o desejo de ruptura com o passado não se mostra presente atualmente, visto que não se pretende produzir imitações de exemplares arquitetônicos já existentes, e sim a adaptação do passado à realidade atual com otimismo e determinação representando o quadro histórico presente.
O valor histórico e cultural do passado é reconhecido pela contemporaneidade. De certa forma, busca-se no passado, conceitos consagrados. Porém, a forma dos edifícios reflete características do movimento moderno. Há uma tendência ao minimalismo, à forma, ao racionalismo.
A arquitetura atual é complexa, assim como a sociedade do seu tempo. Utiliza uma linguagem projetual comprometida com soluções voltadas ao conforto ambiental, à eficiência energética, à racionalização da construção, à tecnologia e uso de novos materiais ou métodos de construção.
(Grupo: Ana, Andressa, Camila, Flávia, Luana e Luciana)
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