POP
A Pop Art nasceu como um movimento artístico na década de 1950 na
Inglaterra que ganhou maturidade na década de 1960 em Nova York. O nome
desta escola estético-artística coube ao crítico britânico Lawrence Alloway
(1926-90) sendo uma das primeiras, e mais famosas imagens relacionadas ao
estilo a colagem de Richard Hamilton (1922- 2011): "O que exatamente torna
os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?", de 1956.
A Pop Art admitia a crise artística que abatia o século XX e
buscava a estética das massas, que viria a ser o que hoje entendemos como cultura pop. Diferentemente da arte kitsch que procurava elementos, símbolos e formas
no passado cultural da humanidade, o pop se alimentou da profusão de símbolos atuais
da sociedade de consumo, como uma maneira de lidar com o desejo das pessoas. Quando reinterpretada no ambiente
arquitetônico, ensejou a inserção de elementos modernistas, tradicionais e
vernaculares num mesmo edifício. Há uma rejeição à simplicidade do Modernismo e
uma clara valorização dos símbolos que faziam parte do cotidiano da cidade e
deveriam ser levados em consideração em um projeto.
POPULISMO
O populismo consistia num conjunto de práticas políticas que consiste no
estabelecimento de uma relação direta entre as massas e o líder carismático,
sem a intermediação de partidos políticos. Assim, o "povo", como
categoria abstrata, é colocado no centro da ação política, independentemente
dos canais próprios da democracia representativa. Parte do cotidiano da
cidade, portanto, deveriam ser levados em consideração em um projeto.
O termo é utilizado por Kenneth Frampton para designar a arquitetura
dita “pós-moderna”, de Robert Venturi, Robert Stern, Charles
Moore, Michael Graves, Stanley Tigerman, etc. A
denominada arquitetura populista se esforçava para para agradar ao
gosto de um público, incorporando temas que ressoam com a sua
experiência. Foi utilizada como um instrumento da economia global e, principalmente, de ação política do tipo "Versalhes para o povo". Em síntese, uma máquina de novidades duvidosas, que não servem a nenhum outro propósito, senão inundar o mundo com mais de tudo para aqueles que não precisam de
nada.
KITSCH
O termo “kitsch” vem do alemão e deriva do verbo kitschen, que significa
reformar móveis para fazê-los parecer antigos e é usado para designar objetos
com valor estético exagerado ou distorcido. Diferente do ecletismo, que mescla de forma mais cuidadosa e dosada elementos de
diversos estilos, o kitsch mistura aleatoriamente estilos que muitas
vezes se encontram deturpados e em escala errada. O kitsch nasce com a civilização do consumo em massa e a produção industrial e pode ser considerado uma das
formas de conexão entre arquitetura erudita (oficial) e a vernácula, uma vez
que representa uma manifestação popular que “se inspira” ou é contaminada pela
arte.
Na arquitetura o fenômeno é marcado por simplificações e generalizações
culturais. Milênios de civilização e culturas diversas, desse modo, podem ser
resumidas em um "estilo oriental". Homogeniza-se toda a Europa
em um "estilo europeu" e o mesmo é feito com a África e o Oriente Médio. O kitsch é um modo de criação que serve à sociedade de consumo, mas que pode ir bem além disso numa ampla escala de sofisticação. Entretanto, seu nicho de atuação se encontra nas
simplificações e versatilidades das redes de fast food,
cassinos, cemitérios, motéis, fachadas de igrejas evangélicas, boates e casas noturnas, onde o marketing exija a criação de uma identidade corporativa.
PROPOSTA
Mass media, des-elitização
CONCEPÇÕES
Estrutura comunicativa, estruturalismo
contextualismo, cultura pop, galpão decorado, cenografias.
EXPRESSÕES CHAVE
Teoria da comunicação, mass media,
semiótica e semiologia, kitsch, pop e populismo, mercadologia, ecletismo,
contexto, mensagem arquitetônica, totêmica, galpão decorado.
EVENTOS
Bienal de Veneza, Strada Novíssima
NOMES RELACIONADOS
EUA
Robert Venturi: Casa Venturi; Charles Moore: Sea Ranch (1965); Michael Graves: Ed. Portland (1980) e Humana Building (1982); Robert Stern; Philip Johnson: AT&T Building (1984)
ALEMANHA
James Stirling: Staatsgalerie (1984); Hans Hollein
JAPÃO
Arata Isozaki: Museu de Gunma (1974); Kisho Kurokawa
OUTROS
Ricardo Bofill (Espanha): Marne-la-Vallée (1982);
LEITURA OBRIGATÓRIA
Robert Venturi. Complexity and
Contradiction in Architecture (1966)
Robert Venturi. Learning from Las Vegas
(1972)
Charles Jencks. The Language of Post
Modern Architecture (1977)
Colin Rowe. Collage City (1978)
OBRAS DE REFERÊNCIA
OBRAS DE REFERÊNCIA
Bibliografia
VENTURI, Robert. Complexidade e
Contradição na Arquitetura (1966).
Livro - Arquitetura Kitsch, 1979 -
Suburbana e Rural, Dinah Guimaraens e Lauro Cavalcanti
VENTURI, Robert. Aprendendo com Las
Vegas: o simbolismo – esquecido – da forma arquitetônica (1977). Cosac &
Naify, São Paulo, 2003.